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  • Mavetse Dionysopoulos

À Diógenes

À Diógenes

Iskandar

Vens a mim com tua glória

Após deixares aos teus súditos

Alexandria.

O que podes me dar?

Em dias de inverno

A lã das ovelhas aquece-me

Nos idos do verão

Tenho por amigos, os delfins

Sacia-me a sede, o leito dos rios

Mata-me a fome, os frutos da terra

Jamais ansiarei por teus templos

Nem por tuas ágoras

Não me agrilhoarei em tuas póleis.

Ando por caminhos ao longe

Em Atenas, não encontrei homem algum

Em Esparta, encontrei meninos

Contento-me com o espetáculo do mundo

E no dia em que chegar

A lancinante dor da finitude

Indestrutível serei aos golpes do destino

Terei o lume das estrelas para aplacá-la.

Nem tu, Grande em tuas conquistas,

Serás capaz de escapar do amplexo de Tânatos.

Se me ofertas, discípulo do Sábio de Estagira,

Tudo o que quiser

Apenas te direi:

Saias da minha frente, Alexandre

Pois escondes o meu sol.


Sampa de 31 de agosto de 2014.


Poema enviado por Mavetse Dionysopoulos.


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