Os cínicos
O cinismo foi um movimento filosófico que perdurou por muitos anos, do século IV a.C até o século V d.C. Nesta seção buscaremos fazer um breve resumo, destacando algumas ideias e conceitos principais. Também apresentaremos os grandes nomes da escola: Antístenes, Diógenes, Crates e Hiparquia. Depois, quase ao fim da seção poder-se-à ver um organograma da escola cínica, de Sócrates até alguns filósofos do século III a.C. E por último, há algumas recomendações de livros, em português, inglês, francês e outros idiomas.
Mapa da seção
História do cinismo
Origens do cinismo
A origem do termo cinismo é marcada por debates entre comentadores ao longo da história. Foram formuladas algumas hipóteses. A seguir, citamos um trecho de Lousha Shea, da obra The Cynic Enlightenment, onde ela explora as duas origens amplamente aceitas.
"O próprio nome cínico captura o caráter triplo do movimento. O substantivo afirma duas raízes, uma em Kynosarges, o nome de um ginásio grego antigo, onde se diz que Antístenes realizou suas lições, e a outra no grego kyon, “cão”. A primeira etimologia confere dignidade ao cinismo, elevando-a ao status de uma escola em pé de igualdade com a Academia e o Liceu. A segunda, por outro lado, enfatiza o desprezo que os atenienses tinham por Diógenes e seus seguidores. O substantivo kyon era usado como termo de abuso e jogado contra os cínicos mal vestidos, sem vergonha e de língua afiada, que adotaram o opróbrio para si mesmos, deliciando-se com as infinitas possibilidades que o rótulo lhes proporcionava. Diógenes Laércio relata que Diógenes estava apto a aceitar a identificação com o cão pelo valor da ideia, como quando ele levantou a perna e se aliviou de um grupo de jovens insolentes que o provocavam com um osso de cachorro, transformando assim o desprezo do público contra os rapazes (DL 6.46).
Mapa de Atenas feito por Barbie de Bocage em 1784. Ginásio de Cinosarges localizado no canto superior esquerdo.
Mas ele também aceitou o rótulo como uma descrição precisa de sua decisão de viver como um cão, para reduzir a vida às suas necessidades animais básicas. O astuto Diógenes considerou cão não apenas como uma criatura suja e não civilizada, mas também um guardião dedicado. É relatado que ele disse que, como um cão de guarda, “ponho os dentes em malandros” e protejo o verdadeiro valor da vida (DL 6.60). O cínico se define por uma metáfora que escapa a qualquer explicação obstinada e ilude qualquer redução de sua filosofia a um sistema simples. Niehues-Pröbsting sugeriu, além disso, que o nome kyon pode ter uma terceira origem. Ele argumenta que o cão originalmente não se referia nem ao comportamento não civilizado de Diógenes, nem ao seu papel como guardião dedicado do povo, mas era usado para designar todos os autores de sátiras (aqueles cujos escritos “mordem”); assim, Niehues-Prösbsting ressalta que o termo é aplicado a filósofos desconectados dos cínicos, como o Menedemo da escola de erétria. O aspecto literário do cinismo seria assim inscrito em seu próprio nome. As etimologias concorrentes do cinismo pintam, assim, três quadros diferentes dos cínicos: como filósofos sérios, como denunciantes públicos escandalosos de vícios sociais e como autores de sátiras" (2010, p. 30).
Uniforme cínico
Os cínicos também se notabilizaram por usar uma espécie de “uniforme”. Há relatos que Antístenes foi o primeiro a usá-lo (D.L. 6.13). Também em várias anedotas sobre Diógenes de Sinope, é possível perceber o quão importante é o fardamento para os filósofos da escola. E Crates, por sua vez, ao nomear sua cidade ideal como República da Pēra canonizou o uso da sacola (πήρα).
Os três principais elementos são:
Τρίβων, tribon, manto duplo. O manto carrega esse nome por ser uma vestimenta bem grande, maior do que era usado pelos cidadãos comuns. Ele tem a vantagem de ser prático, podendo ser dobrado no verão ou para servir como travesseiro, como Diógenes certa vez usou (D.L. 6.22 e 77). Além de poder ser desdobrado no inverno, servindo como cobertor. O manto duplo cínico também é comparado com a couraça leonina de Héracles.
Βακτρον, baktron, bastão. Há várias versões sobre a relação dos cínicos com o bastão. Uma delas afirma que eles o usam inspirados em Héracles, que também empunhava um grande bastão. A tradição conta que Diógenes passou a usar o bastão na velhice, quando adoeceu (D.L. 6.23). O bastão, como conta-se na carta apócrifa 30, também é um equipamento de segurança, para o cínico se proteger contra os poetas, pedagogos e adivinhos.
Πήρα, pēra, sacola. A sacola é usada para carregar um pouco de comida (em geral tremoços, que podem ser colhidos na beira das estradas), estrígil (para limpar a poeira), caneca e frascos de óleo. Na carta apócrifa 26, que Diógenes teria mandado para Crates, o filósofo compara a πήρα com “a terra e o mar”, querendo dizer que dentro dela ele tem todos os recursos do mundo.
Quadro de Heinrich Dieterich (1790-1800). Odisseu como mendigo, usando o cajado e o manto duplo.
Mas esse uniforme não era exclusividade dos cínicos. Os mendigos aparentemente também se vestiam assim. Através de registros literários foi possível perceber que os mendigos sempre são retratados nas peças de teatro usando um manto velho, a sacola e o bastão.
As anedotas
Em desenvolvimento...
Cinismo antigo e cinismo moderno
Em desenvolvimento...
Principais conceitos
Por muito tempo foi disseminada que a filosofia cínica não poderia ser considerada uma escola filosófica autentica. Uma das razões é porque os cínicos não trabalham a sua ética através de conceitos.
Em parte é verdade: o cinismo não trabalha a ética com conceitos; os filósofos da escola, não filosofaram como comumentemente nos acostumamos, através de ideias. Eles filosofaram com suas vidas, e através de ações.
No entanto, a ação é resultado de um pensamento anterior que a engendra. Esse pensamento é postulado pelos princípios da escola cínica e por seus conceitos. Luis E. Navia, em seu livro Diógenes, o Cínico (2009), explica bem o que queremos dizer:
“Hunayan (Diógenes, 4) informa que Diógenes comparava a falta de educação e de estudo numa pessoa com uma casa construída sem fundações, já que sem o desenvolvimento da inteligência não há nenhuma realização humana. Assim, não é que Diógenes tenha travado guerra contra o estudo e contra a educação, já que ele entendeu muito bem que essas são as fundações sobre as quais uma vida feliz e boa pode se embasar, desde que orientadas na direção correta”. (p. 88)
Apresentaremos abaixo alguns dos mais importantes conceitos do cinismo.
Principais filósofos
Antístenes
Antístenes de Atenas (445 a.C. – 365 a.C.): Filósofo ateniense, filho de um ateniense (também chamado Antístenes) com uma escrava trácia. Por não ser um homem de puro sangue ático o mesmo não tinha o direito de cidadão ateniense. Segundo Diógenes Laércio, Antístenes fora discípulo do retórico Górgias de Leontinos, posteriormente se juntou a Sócrates e, por fim, deu início na filosofia cínica (D.L. 6.1-2). Também segundo Diógenes Laércio, Antístenes ministrou suas aulas no Cinosarges (de onde, segundo uma das teorias, teria surgido o nome do cinismo), um ginásio público que ficava fora dos muros de Atenas, tal ginásio era exclusivo para os nothoi, que eram as pessoas que, tal como nosso filósofo, não possuíam a cidadania ateniense. Antístenes foi um autor realmente prolífico com uma vasta obra contendo mais de 70 títulos. Sua obra abarcava temas como linguagem, dialética, retórica, ética, política, epistemologia, ontologia, teologia, interpretação dos poetas e outros. Dessa vasta obra, restou-nos apenas dois discursos, um de Ajax e um de Odisseu no qual ambos disputam via argumentação num júri quem possui o direito de ficar com as armas do famoso herói caído da Guerra de Troia, Aquiles.
Busto de Antístenes de Atenas
Tendo em vista a complexidade de sua biografia e de sua obra, há comentadores que contestam o envolvimento de Antístenes com o cinismo, e o relegam como socrático, tais como Donald Dudley, Aldo Brancacci, Farrand Sayre, H. D. Rankin e Giannantoni. Outros comentadores são mais radicais e o colocam nem como cínico, nem como socrático, mas como sofista, tais como Pierre Aubenque e G. B. Kerferd. No entanto, há também autores que preferem manter a tradição transmitida por Diógenes Laércio e o colocam novamente como um dos cães, tais como Luis Navia, Ragnar Höistad e Decleva Caizzi. Há autores que preferem manter uma certa suspensão do juízo tal como Goulet-Cazé e William Desmond e há alguns que cunharam um termo novo e o chamam de proto-cínico, ou seja, um quase cínico, como é o caso da autora Susan Prince.
Diógenes
Diógenes de Sinope (c.404 a.C. – 323 a.C.): é considerado o maior filósofo da escola cínica. Filho do banqueiro Hicésio, conta-se que juntamente com seu pai desfigurou a moeda na cidade de Sinope. Há evidências numismáticas das moedas falsificadas por seu pai. Um dos prováveis motivos para a falsificação é a insatisfação com o sucesso político dos persas em Sinope, por volta de 375 a.C..
Moeda de Sinope cunhada por Hicésio entre 330-350 a.C.. Note o nome do banqueiro na moeda, como era de praxe na época.
Mesmo com as evidências numismáticas há autores que defendem a tese de que toda a história da desfiguração da moeda não passa de uma lenda para aproxima-lo da figura de Sócrates (tanto Sócrates quanto Diógenes teriam recebido missões divinas do oráculo de Delfos).
Pouco se sabe da vida de Diógenes antes dele se tornar um filósofo cínico. Aliás, até mesmo a conversão ao cinismo é questionada. A tradição diz que ele se tornou cínico sendo discípulo de Antístenes (D.L. 6.21), embora registros históricos apontem que eles dificilmente teriam se encontrado, porque Antístenes teria morrido antes de Diógenes chegar em Atenas.
Depois de se tornar Diógenes, o Cão, temos muitos registros de sua vida. As anedotas e apotegmas narram não só sua biografia, mas a filosofia cínica. Tais relatos estão disponíveis no livro VI da obra Vida e Doutrina dos Filósofos Ilustres, de Diógenes Laércio, um biógrafo do século III d.C.. Esses relatos, embora nem sempre confiáveis, são nossa principal fonte do cinismo de Diógenes. É através de tais histórias que podemos reconstruir o cinismo antigo.
Diógenes acreditava que apenas as questões mais urgentes da vida humana valem ser escrutinadas e estudadas. Portanto, o filósofo se debruçava apenas em questões éticas. Mas não como os outros filósofos de seu tempo: ele vivia e incitava as pessoas a viverem bem, buscarem a felicidade e se livrarem das ilusões da vida.
Crates
Crates de Tebas (365 a.C. – 285 a.C.): Crates é o mais famoso discípulo de Diógenes, o Cão. Segundo a lenda, Crates era de uma família tebana rica, com muitos bens e muitas terras. No entanto, ao entrar em contato com o Cão e sua filosofia, o mesmo foi persuadido a deixar suas terras para o gado e jogar seu dinheiro ao mar (D.L. 6.87).
Diferente de seu mestre Diógenes, Crates tinha um jeito mais “suave” de promulgar seu cinismo. Não à toa, o mesmo recebeu o apelido de “O Abridor de Portas”, pois ele frequentemente era chamado pelos gregos para jantar em suas casas, ou para resolver algum problema familiar. O povo gostava tanto do filósofo que sempre colocavam em suas casas uma placa com os dizeres “Entrada para Crates, o Bom Daímôn.” Tal admiração por parte da população se deu devido à famosa filantropia de Crates.
Crates era um autor também muito prolífico, pois escreveu tragédias, paródias, elegias e hinos. Ele também é creditado com a criação da paignia, que eram escritos em formas de brincadeiras. Exemplos desse estilo são o Elogio da Sopa de Lentilha e o Diário de um Devasso.
Crates com sua sacola e cajado
Hipárquia
Hipárquia de Maroneia (ca. 325 a.C.): Conhecida na antiguidade por ser uma das primeiras filósofas conhecidas na antiguidade. Dizem que ela, após conhecer Crates, apaixonou-se loucamente pelo filósofo ameaçando matar-se caso seus pais não aceitassem o matrimônio entre os dois. Conta-se que Crates fora chamado para resolver o problema. Ao chegar lá, Crates se despiu e disse-lhe estes seriam os bens da moça caso ela quisesse prosseguir com a ideia de casório. Tal ato não reprimiu a jovem aspirante à filósofa, pelo contrário, ela aceitou os “bens” do feio, coxo e desajeitado Crates e casou-se com ele. Tal casamento ficou conhecido como kynogamia. De tal casamento gerou dois filhotes, um casal.
Diógenes Laércio nos legou algumas anedotas que demonstram alguns embates que a filósofa travou com o filósofo cirenaico Teodoro, o Ateu.
Hipárquia de Maroneia
Principais ideias
Em desenvolvimento...
Organograma cínico
Embora a ideia de usar um organograma não seja tão cínica, para nós, estudantes, admiradores e curiosos tal prática pode ser bem útil.
Através do organograma conseguimos estruturar a escola cronologicamente, passando pela grande influência que Sócrates exerceu, sua provável fundação com Antístenes (é um tema ainda em aberto), e finalmente sua consolidação com Diógenes de Sinope.
Portanto, o organograma se apresenta como uma ferramente didática valiosa, para organizarmos e compreendermos o que foram os anos áureos do cinismo (entre o século IV e meados do século III a.C.).
Outro fato importante de notarmos é a influência dos cínicos no surgimento de outra potência filosófica, o estoicismo. Como o organograma mostra, os estoicos são oriundos de Zenão, um discípulo de Crates.
* Este organograma foi tirado da obra Diogenes the Cynic: Sayings and Anedoctes, de Robin Hard (2012, p. 27)
* O organograma só está disponivel na versão desktop do site.
Socrátes (c. 469-399)
Antístenes (c. 445-c. 365)
Diógenes (c. 404-c. 323)
Hegésias e Menandro
Crates (c. 360-c. 280)
Onesícritos e filhos
Mônimo
Metroclés
Hipárquia
Zenão de Cítio (335-263)
Os estoicos
Teombroto
Cleômenes
Demétrio de Alexandria (séc. III a.C.)
Timarco de Alexandria
(séc. III a.C.)
Equecles de Éfeso (séc. III a.C.)
Livros e artigos
Obras em português
Livros:
- As obras completas de Luciano de Samósata foram todas publicadas pela Imprensa da Universidade de Coimbra. Elas estão disponíveis para download no site.
- Crítica da razão cínica. Peter Sloterdijk, Editora Estação Liberdade, 2012.
- Diógenes, o Cínico. Luis E. Navia, Odysseus Editora Ltda., 2009.
- História da filosofia antiga, volume III. Giovanni Reale, Edições Loyola, 2006.
- Os cínicos: O movimento cínico na Antiguidade e o seu legado. Marie-Odile Goulet-Cazé e R. Bracht Branham (Orgs), Edições Loyola, 2007.
- Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres. Diógenes Laércio, Editora Unb, 2008.
Traduções como artigo:
- A República de Diógenes. Tradução em artigo de Olimar Flores-Júnior. Revista Kléos, 2011.
- As cartas de Diógenes de Sinope: grupo 1. Tradução em artigo de George Felipe Bernardes Barbosa Borges. Revista Prometeus, 2019.
- O anti-intelecualismo de Diógenes, o Cínico. Tradução em artigo de George Felipe Bernardes Barbosa Borges. Revista Prometeus, 2019.
Artigos:
- A filosofia em Machado de Assis: Diógenes de Sinope e Quincas Borba. Marcelo Fonseca Ribeiro de Oliveira. Machado de Assis em Linha, 2016.
- A importância da felicidade na filosofia cínica. Rafael Parente Ferreira Dias. Griot – Revista de Filosofia, 2014.
- A mordida dos cínicos. Raymundo de Lima. Revista Espaço Acadêmico, 2012.
- A radicalidade do cinismo: análise da carta cinco de Sêneca. George Felipe Bernardes Barbosa Borges. Revista Pórtico de Epicteto, 2018.
- A sombra do asno: a filosofia e o filósofo em Luciano de Samósata. Jacyntho Lins Brandão. Revista Kléos, 1997.
- As artes do discurso e o “naturalismo” cínico: tema e variações de uma anedota filosófica. Olimar Flores-Júnior. Revista Kléos, 2015.
- Diógenes, o Cão: imagens, ditos célebres, comentários, epigramas. Aldo Dinucci. Revista Prometeus, 2010.
- Diógenes: um paralelo entre ironia e liberdade. George Felipe Bernardes Barbosa Borges. Revista Prometeus, 2018.
- Em torno d’o cínico: nota sobre as relações de Luciano com o cinismo. Olimar Flores-Júnior. Revista Kléos, 1998-1999.
- Etnicidade em questão no século IV a.C.: O discurso pan-helenístico e o cosmopolitismo cínico-estoico. Luís Felipe Bellintani Ribeiro e Roberto Torviso Neto. Revista Hélade, 2018.
- Luciano e o cinismo: o caso alcidamas. Olimar Flores-Júnior. Revista Nuntius Antiquus, 2013.
- Naturalismo cínico em Montaigne: a disjunção entre physis e nomos nos Ensaios. Edelberto Pauli. Problemata: Revista Internacional de Filosofia, 2018.
- Notas sobre o sentido de typhos na tradição cínica. Olimar Flores-Júnior. Capítulo do livro Revisitações, 1999.
- O riso como reflexão filosófica. Rafael Guimarães Tavares da Silva. Classica, 2019.
- Procura-se o homem: Diógenes, o Cão!. Gilmar Zampieri. Capítulo do livro Em que eu creio: homenagem ao Frei Adelino Pilonetto, 2008.
Trabalhos acadêmicos:
- A estetização da ideologia cínica. Ana Carolina Nunes Silva. Dissertação de mestrado em filosofia, UFOP, 2015.
- A influência do cinismo sobre a doutrina aristotélica do spoudaios na ética a Nicômaco. Mauro Godoy Prudente. Tese de doutorado em filosofia, PUC-RS, 2014.
- Antístenes de Atenas ou sobre o prazer da linguagem. Carlos Almeida Lemos. Tese de doutorado em filosofia, UFRJ, 2007.
- Canes sine coda: filósofos e falsários. Uma leitura do cinismo antigo a partir da literatura relativa a Diógenes de Sinope. Olimar Flores-Júnior. Dissertação de mestrado em filosofia, UFMG, 1999.
- Cinismo: forma de vida, modo de gozo. Maria Aparecida Leita. Dissertação de mestrado em teoria literária, UFSC, 2001.
- Comunicação e cinismo: A razão cínica na esfera pública observada na cobertura do Primeiro de Maio em jornais. Alexandre Werneck. Dissertação de mestrado em comunicação, UFRJ, 2004.
- O dizer verdadeiro, uma virtude ético-política: a tensão entre a parresia política e a parresia cínica em Michel Foucault. Sergio Fernando Maciel Corrêa. Tese de doutorado em filosofia, UNISINOS, 2019.
- Verdade e coragem: uma leitura crítica da parrhésia socrática e cínica em Michel Foucault. Fernando Santos Bastos Ribeiro. Dissertação de mestrado em filosofia, UFSC, 2013.
Obras em inglês
Livros:
- A new perspective on Antisthenes: Logos, Predicate and Ethics in his Philosophy. P. A. Meijer. Amsterdam Univeristy Press, 2017.
- Antisthenes of Athens. Susan Prince. Ann Arbor: University of Michigan Press, 2015.
- Classical Cynicism: A Critical Study, Luis E. Navia. Greenwood Press, 1996.
- Cynical Suspicions and Platonist Pretentions: A critique of contemporay political theory. John McGuire. Editora Brill, 2018.
- Cynics. William D. Desmond. Acumen Publishing Limited, 2006.
- Diogenes the Cynic: Sayings and Anedoctes. Robin Hard. Oxford University Press, 2012.
- Dog’s Tales: Representation of ancient cynicism in French Renaissance Texts. Hugh Roberts. Editions Rodopi B.V., 2006.
- History of Cynicism: From Diogenes to the 6th Century A.D. Donal. R. Dudley. Meuthuen & CO. Ltd., 1937.
- Primitivism and related ideias in antiquity. Arthur O. Lovejoy and George Boas. The John Hopkins University Press, 1935.
- The Chreia in Ancient Rhetoric: Volume I: The Progymnasmata. Ronald F. Hock and Edward N. O’Neil. Society of Biblical Literature, 1986.
- The Cynic Enlightenment. Louisa Shea. The John Hopkins University Press, 2010.
- The cynic epistles: A Study Edition. Abraham J. Malherbe. Society of Biblical Literature, 1977.
- The Cynic Philosophers: From Diogenes to Julian. Penguin Classics, 2012.
- The Greek Cynics. Farrand Sayre. Forgotten Books, 2017.
- The Greek Praise of Poverty: Origins of Ancient Cynicism. William D. Desmond. University of Notre Dame Press, 2006.
Artigos:
- Antisthenes between Diogenes and Socrates. Vladislav Suvák. Capítulo do livro Antisthenica Cynica Socratica. OIKOYMENH Publishers, 2014.
- Cynical Cosmopolitanism. Gideon Baker. Theory & event journal, 2018.
- Cynicism as a way of life: From the Classical Cynic to a New Cynicism. Dennis Schutijser. Akropolis Journal of Hellenic studies, 2017.
- Demetrius, the Cynic. Jan Fredrik Kindstrand. Philologus, 2016.
- Diogenes de Sinope as Socrates mainomenos. Lívia Flachbartová. Capítulo do livro Antisthenica Cynica Socratica. OIKOYMENH Publishers, 2014.
- Diogenes' Doggerel: Chreia and Quotation in Cynic Performance. M. D. Usher. The Classical Journal, 2009.
- Dog-Love-Dog. Kynogamia and Cynic sexual ethics. Dorota Dutsch. Capítulo do livro Sex in Antiquity: Exploring Gender and Sexuality in the Ancient World, 2015.
- Simon the Shoemaker as an ideal cynic. Ronald F. Hock. Greek, Roman and Byzantines Studies, 1976.
- Varro, the Roman Cynic: The destruction of religious authority in the Antiquitates rerum divinarum. Leah Kronenberg. Capítulo do livro Authority and Expertise in Ancient Scientific Culture, 2017.
Trabalhos acadêmicos:
- Antisthenes' Literary Fragments: Edited with Introduction, Translations, and Commentary. William John Kennedy. Tese de doutorado em filosofia, University of Sydney, 2017.
Obras em francês
Livros:
- Antisthène : le discours propre. A. Bracacci. Editions Vrin, 2005.
- Chiens de plume: Du cynisme dans la littérature française du XXe siècle. Jean-François Louette. Editeur La Baconnière, 2011.
- Cynismes : Portrait du philosophe en chien. Michel Onfray. Bernard Grasset, 1990.
- Ironie et dérision. Louis Ucciani. Annales littéraires de l’Université de Besançon : Diffusion les Belles Lettres, 1993.
- Le cynisme, une philosophie antique. Marie-Odile Goulet-Cazé. Editions Vrin, 2017.
- Les Cyniques grecs : Fragments et témoignages. Léonce Paquet. Le Presses de l’Université d’Ottwa, 1988.
Artigos:
- «Revetir la vie des chiens», l’ animal comme modele moral. Suzanne Husson. Miolo Archai, 2013.
- Cynisme et falsification du langage : à propos de Diogène cherchant un homme. Isabelle Chouinard. Papyrus : Institutional Repository, 2016.
- Khortos gasteri ou le bonheur est dans le pré: éthique et politique cyniques selon un poème de Cratès de Thèbes. Olimar Flores-Júnior. Dialogue, 2009.
- L'anti-intellectualisme de Diogène le Cynique. Jean-Marie Meilland. Revue de théologie et de philosophie, 1983.
- Le cynisme ancien entre authenticité et contrefaçon. Marie-Odile Goulet-Cazé. Aitia revue, 2015.
- Le cynisme: du sensible au risible. Jacques Fontanille. Humour & sémiotique, 1993.
- Les maîtres de Cratès. Isabelle Chouinard. Revue de philosophie ancienne, 2015.
- Paradoxes cyniques: l’activité littéraire d’Antisthène et de Diogène de Sinope. Olimar Flores-Júnior. Revista Nuntius Antiquus, 2017.
- Parrhèsia socratique et parrhèsia cynique : le cas de l’injure. Suzanne Husson. Cahiers « Mondes anciens » Histoire et anthropologie des mondes anciens, 2016.
Trabalhos acadêmicos:
- La conception de la liberté chez les premiers Cyniques. Isabelle Chouinard. Dissertação de mestrado em artes e estudos clássicos, Université de Montréal, 2016.
- La question du modèle animal chez les cyniques. Luc Séguin. Dissertação de mestrado em filosofia, Université de Montréal, 2010.
Obras em outros idiomas
Livros:
- Cinismos: Retrato de los filósofos llamados perros. Michel Onfray. Editorial Paidós, 2002.
- Der Kynismus des Diogenes und der Begriff des Kynismus. H. Niehues-Pröbsting. Suhrkamp Verlag, 1988.
- Die Sprüche des Kynikers Diogenes in der griechischen und arabischen Überlieferung. Oliver Overwien. Franz Steiner Verlag, 2005.
- Les Kynika du Stoicisme. Marie-Odile Goulet-Cazé. Franz Steiner Verlag, 2003.
- Quellenuntersuchungen zur Leben und Philosophie des Diogenes von Sinope. K. von Fritz. Verlag Nicht Ermittelbar, 1926.
- Socratis et Socraticorum : Reliquiae collegit, disposuit, apparatibus notisque instruxit, V. I. Gabriele Giannantoni. Bibliopolis, 1990.
- Socratis et Socraticorum : Reliquiae collegit, disposuit, apparatibus notisque instruxit, V. II. Gabriele Giannantoni. Bibliopolis, 1990.
- Socratis et Socraticorum : Reliquiae collegit, disposuit, apparatibus notisque instruxit, V. III. Gabriele Giannantoni. Bibliopolis, 1990.
- Socratis et Socraticorum : Reliquiae collegit, disposuit, apparatibus notisque instruxit, V. IV. Gabriele Giannantoni. Bibliopolis, 1990.
Artigos:
- Cynzim epoki hellenistycznej – Telles. Artur Pacewicz. Studia Antyczne i Mediewistyczne, 2013.
- En defensa del encuentro entre dos Perros, Antístenes y Diógenes: historia de una tensa amistad. Pedro Pablo Fuentes González. CFC (g): Estudios griegos e indoeuropeos, 2013.